quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Escolas Estaduais: calamidade pública em Parauapebas

      A situação das escolas públicas estaduais no município de Parauapebas não está diferente do restante do Estado: escolas caindo aos pedaços: ventiladores que não funcionam, fiação elétrica exposta, infiltração e rachaduras, prédios transformados em ‘‘anexos’’ que mais parecem aqueles fornos de calor dos campos de concentração do regime nazista, falta de materiais para expediente, máquinas copiadoras e tonners para impressão até mesmo de declarações escolares e certificados, falta de professores no quadro funcional da escola, auxiliares de serviços gerais, vigias e por aí vai. A lista completa não caberia nesta edição!




Enquanto isso, o governo, com muita intransigência e má vontade política e social, dá as costas ao povo paraense servindo ao grande capital estrangeiro, promovendo um grande retrocesso da Educação Pública de Qualidade: não investe em infra-estrutura, não reforma o ‘‘velho’’ e retira direitos dos trabalhadores em educação.
Precisamos nos politizar mais e lutar pelos nossos direitos.
Prof. Fábio Alves, atua na docência paraense desde 2009 na rede estadual e municipal de educação.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

A EDUCAÇÃO EM NÚMEROS


Alguns dados importantes sobre a educação pública no Brasil.

GERAL

  • 46 milhões de alunos 
  • Aproximadamente 2 milhões de educadores

ACESSO

  • 86% das matrículas da educação básica concentram-se em escolas públicas.
  • O censo demográfico do IBGE (2010) revelou que 49,3% dos brasileiros com 25 anos ou mais não concluíram o ensino fundamental. No campo, esse percentual é de 79,6%.
  • 9,6% da população brasileira é analfabeta literal e 25% é analfabeta funcional.
  • Apenas 11,3% dos brasileiros têm curso superior completo . No Nordeste, o percentual é de 7,1%.
  • Segundo o Censo de 2010, no grupo de pessoas de 15 a 24 anos que frequentava o nível superior, 31,1% dos estudantes eram brancos, enquanto apenas 12,8% eram negros e 13,4% pardos.

REMUNERAÇÃO

  • Em um estudo do Banco UBS em 2011, economistas constataram que um professor do ensino fundamental em São Paulo ganha, em média, US$ 10,6 mil por ano. O valor é apenas 10% do que ganha um professor nesta mesma fase na Suíça, onde o salário médio dessa categoria em Zurique seria de US$ 104,6 mil por ano.
  • Em uma lista de 73 cidades, apenas 17 registraram salários inferiores aos de São Paulo, entre elas Nairobi, Lima, Mumbai e Cairo. Em praticamente toda a Europa, nos Estados Unidos e no Japão, os salários são pelo menos cinco vezes superiores ao de um professor do ensino fundamental em São Paulo.
  • De acordo com a PNAD/IBGE-2009, que serviu de base para o projeto de plano nacional de educação, a remuneração média dos profissionais do magistério na educação básica equivale a 40% da dos demais profissionais com mesmo nível de escolaridade no país.
  • Em uma comparação com a renda média nacional, os salários dos professores do ensino fundamental também estão abaixo da média do País. De acordo com o Banco Mundial, o PIB per capita nacional chegou em 2011 a US$ 11,6 mil por ano.
  • O valor é US$ 1 mil a mais que a renda de um professor, segundo os dados do UBS. Já a OCDE ressalta que professores do ensino fundamental em países desenvolvidos recebem por ano uma renda 17% superior ao salário médio de seus países, como forma de incentivar a profissão.

INVESTIMENTO

  • Estudo do Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA): para cada real investido na educação, a taxa de retorno é de R$ 1,80, ou seja, quase o dobro!
  • Cada R$ 1,00 gasto em educação, R$ 0,20 provém da União, R$ 0,41 dos Estados e R$ 0,39 dos Municípios, numa relação inversamente proporcional entre a receita de impostos e o atendimento das matrículas (a União arrecada 57% dos tributos, os estados 25% e os municípios 18%).

INFRAESTRUTURA

  • Segundo a CGU, dos 56 mil laboratórios de informática que deveriam ser entregues entre 2007 e 2010 nas escolas de todo país, pouco mais de 12 mil não foram instalados.
  • O Brasil precisa construir 130 mil bibliotecas até 2020 para cumprir a Lei 12.244, que estabelece a existência de um acervo de pelo menos um livro por aluno em cada instituição de ensino do País, tanto de redes públicas como privadas. Hoje, na rede pública, apenas 27,5% das escolas têm biblioteca.
  • 82% das escolas de ensino profissional e 52% das de ensino médio construídas após 2008 possuem biblioteca, apenas 10% das de ensino infantil têm o espaço.

DÉFICIT

  • Estimativa da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação aponta déficit de cerca de 300 mil professores no país — nas redes estaduais e municipais —, número que corresponde a 15% do total de educadores em salas de aula (2 milhões). (2011).